Em um país continental como o Brasil, caracterizado pela diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, levando em conta sua identidade cultural, ponto onde a BNCC desempenha papel fundamental, pois joga luz à importância de respeitar as singularidades que devem ser atendidas em cada região.
No entanto, o ponto crítico para que a igualdade educacional prevaleça é a oportunidade de acesso e a permanência na escola, pois sem isso o direito de aprender não se concretiza. As enormes desigualdades entre os estudantes brasileiros, por motivos diversos, como raça, sexo ou condição socioeconômica, são amplamente conhecidas.
Diante desse quadro, as Secretarias de Educação de todo o país devem planejar o trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar buscando superar tais desigualdades. Os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com foco na equidade, que pressupõe também reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes. Ou seja, reconhecendo as diferenças, podemos garantir maior acesso à educação de qualidade.